Com a proximidade da Black Friday, o mercado de tecnologia vive um momento atípico, especialmente quando o assunto é a Apple. Conhecida por manter os preços de seus produtos premium inalterados — com a obstinação de quem sabe o valor de sua marca —, a gigante de Cupertino acabou envolvida na guerra de preços do varejo. Varejistas como a Amazon iniciaram movimentos agressivos, oferecendo descontos que chegam a US$ 436 nos recém-lançados MacBook Pro equipados com o chip M4 Max. Esse cenário cria uma oportunidade histórica para quem busca renovar seu equipamento, mas também reacende a dúvida fundamental na cabeça do consumidor: afinal, qual modelo escolher?

O salto de desempenho da nova geração M4

Para quem está de olho no topo de linha, as ofertas atuais são tentadoras. Não se trata apenas de garantir um laptop com desconto, mas de assegurar tecnologia de ponta antes que flutuações de mercado afetem os preços. O destaque vai para o chip M4 Max, que representa muito mais do que uma atualização incremental. Estamos falando de uma máquina com capacidade de estação de trabalho, comportando até 16 núcleos de CPU e 40 de GPU, além de impressionantes 128 GB de memória.

A largura de banda de 546 GB/s é um detalhe técnico que faz toda a diferença na prática, superando muitos desktops dedicados. Isso permite, por exemplo, a manipulação fluida de fluxos de vídeo em 8K e renderizações 3D complexas. Testes de desempenho, como o Cinebench, mostram que o M4 Max chega a ser duas vezes mais rápido que o modelo Pro e quase cinco vezes superior ao chip M4 base. Outro ponto que merece atenção é a conectividade: a atualização para o Thunderbolt 5 elevou a velocidade de transferência de 40 Gbps para 120 Gbps, uma revolução para fotógrafos e videomakers que lidam com arquivos pesados.

Neste cenário de descontos, a Amazon aplicou cortes de até US$ 400 nos modelos de 14 polegadas e alcançou uma redução de US$ 436 na versão de 16 polegadas com 1 TB de armazenamento, o maior desconto absoluto rastreado para essa configuração.

Entendendo as diferenças cruciais: Refrigeração e Propósito

Apesar do brilho dos novos modelos M4, é essencial entender a lógica que separa as famílias MacBook Air e MacBook Pro, independentemente da geração do processador. Embora ambos compartilhem a eficiência característica do ecossistema Apple e, em versões recentes, tecnologias como o chip M2 ou superiores, o público-alvo é distinto.

A principal linha divisória está na gestão térmica. O MacBook Air é projetado para a portabilidade extrema e, por isso, não possui ventoinhas. O silêncio é absoluto, mas isso cobra um preço em tarefas muito pesadas. Já o MacBook Pro conta com um sistema de refrigeração ativa. Isso é vital porque, embora ambos possam ter números similares de núcleos gráficos, o Pro consegue sustentar o desempenho máximo por muito mais tempo sem sofrer superaquecimento. Em termos práticos, se o usuário pretende editar vídeos longos ou rodar jogos com gráficos complexos, o Pro manterá a estabilidade onde o Air poderia ter que reduzir a velocidade para esfriar.

Mobilidade versus Autonomia Robusta

A escolha entre um e outro também passa inevitavelmente pela rotina do usuário fora de casa ou do escritório. O MacBook Air é a escolha lógica para quem prioriza uma máquina leve, fina e fácil de transportar na mochila, ideal para estudantes e profissionais que estão sempre em movimento e realizam tarefas administrativas ou de consumo de mídia.

Por outro lado, o MacBook Pro, embora mais pesado e robusto, compensa com uma autonomia de bateria superior. Testes de reprodução de vídeo via streaming mostram o modelo Pro alcançando até 20 horas de duração, contra cerca de 18 horas do Air. Na navegação via Wi-Fi, a diferença também aparece, com o Pro entregando aproximadamente 17 horas longe da tomada. Designers, arquitetos e o público gamer tendem a se beneficiar mais dessa “parrudez” do sistema Pro.

Detalhes de tela e segurança

Ao compararmos as versões de entrada e intermediárias, como os modelos de 13 polegadas, as diferenças de display são sutis, mas existentes. Enquanto o Air oferece uma tela Liquid Retina de 13,6 polegadas, o Pro tradicionalmente aposta em 13,3 polegadas, ambos mantendo excelentes níveis de brilho na casa dos 500 nits e resoluções altíssimas.

Ambas as linhas garantem segurança com a tecnologia Touch ID para desbloqueio e acesso a documentos sensíveis. No fim das contas, a decisão de compra nesta Black Friday deve ponderar se o usuário precisa da força bruta e conectividade avançada do novo M4 Pro/Max com desconto, ou se a portabilidade e o custo-benefício de um Air — ou mesmo de um Pro de geração anterior — atendem melhor às suas necessidades diárias.